Dois vinhos da linha RARÍSSIMO, de Osvaldo Amado, figuraram na prestigiada lista Top 100 de 2021 divulgada no final do ano passado: o RARÍSSIMO Tinto Dão 2001, com 95 Pontos e o RARÍSSIMO Branco 2011, produzido a partir de um blend formado principalmente pela casta Encruzado (85%), Bical e Malvásia Fina, com 94 pontos e considerado “excelente” . Assim descrevem o RARÍSSIMO Tinto Dão 2001 : “estruturado e cheio de camadas, tem vigorosa acidez, taninos finíssimos e final profundo e refinado. Uma joia assinada pelo talentoso enólogo Osvaldo Amado”. Top 100 2021 Revista Adega: o reconhecimento merecido de um dos melhores vinhos portugueses já comercializados no Brasil.

Osvaldo Amado é um dos mais premiados enólogos de Portugal, muitas vezes fazendo duas safras em um ano, cruzando hemisférios para trabalhar dois ciclos em um ano. Acumulou experiência em fazer vinhos em condições muito distintas entre si, da África do Sul, passando pelo Brasil, Itália, Espanha e, claro, Portugal. Após décadas de enologia, milhões de garrafas comercializadas com sua assinatura e mais de mil premiações, tanto  pessoais quanto pelos seus vinhos, Osvaldo decidiu regressar ao seu berço enológico: as regiões da Bairrada e do Dão, no centro de Portugal. 

Os vinhos da Bairrada

Ainda adolescente, Osvaldo teve na Bairrada sua primeira moradia quando chegou de Angola, região que ficou até concluir a formação em enologia e foi entronizado membro da Confraria de Enófilos da Bairrada. A região conhecida pelo mosaico de solos argilo-calcários é desafiadora e requer experiencia e sensibilidade para reconhecer as melhores vinhas, que não acumulam umidade e conseguem transmitir a tensão e mineralidade dos grandes vinhos da região. 

No quesito das castas, a Bairrada guarda alguns tesouros, em especial quando falamos das vinhas mais velhas (mais de 50 anos de idade) que conseguem manifestar toda a personalidade única dos vinhos bairradinos. Entre as tintas, a grande estrela é a Baga, tinta temperamental, repleta de taninos, acidez e aromas complexos e etéreos. Mais importante que listar sues aromas vale gravar que não por acaso é comparada à Nebbiolo ou à Pinot Noir. 

Entre as brancas, Maria Gomes (a Fernão Pires em Lisboa), Bical e Arinto estão entre as principais castas e são capazes de produzir grandes espumantes (um deles, o rosé, um clássico na combinação com o leitão assado da Bairrada), além de brancos leves e frescos à brancos minerais e longevos. 

Os vinhos do Dão

O Dão, região que hospeda a Serra da Estrela, conhecida pelas altitudes mais elevadas de Portugal continental e ainda mais conhecida pelo queijo da Serra da Estrela. Uma das regiões com maior potencial vitivinícola do país, o Dão, com seu clima moderado e solo granítico é capaz de gerar vinhos contraditoriamente elegantes, delicados e muito longevos. 

Berço da Touriga Nacional, a principal casta tinta de Portugal, o Dão não se apoia unicamente na expressão floral desta tinta e há espaço para se desvendar expressões como a Tinta Roriz (Tempranillo), Jaen (Mencía) e Alfrocheiro, que podem aparecem na forma varietal, embora o mais comum sejam em mesclas. No caso das vinhas velhas, as variedades se encontram mescladas no próprio campo e são colhidas juntas e co-vinificadas.  No capítulo dos brancos, o Dão também tem se revelado um expoente no cenário português. Seguindo o mesmo paradigma das tintas, são muitas as vinhas antigas de variedades brancas onde as cepas estão plantadas de forma misturada no vinhedo (field blend). A grande estrela hoje é a Encruzado, que resulta em vinhos intensos, com boa estrutura e frescor. Em muitos casos recebe o aporte da Malvasia Fina, casta delicada e floral que equilibra a potência da Encruzado. Como coadjuvante, a Bical (também bastante presente na vizinha Bairrada) em cortes, aportando boa complexidade aromática mas pedindo o complemento de uma casta com boa acidez.

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