Pinto Bandeira, Serra Gaúcha. Hoje é uma IG brasileira. Quando virá ser uma D.O., o que falta para isso? Aliás o que representa? O Cave Geisse Nature – Leveduras Autóctones (que é comercializado no Brasil com exclusividade pela Mosto Flor, importadora e loja online de vinhos) é de lá.
Seguramente a mais conhecida região produtora de vinhos no Brasil é o Vale dos Vinhedos, na serra gaúcha. A área entre Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul ganhou o status de Denominação de Origem em 2012, 10 anos depois de alcançar a Indicação de Procedência (regras mais flexíveis e menos rigorosas que uma D.O.). Porém, vizinho ao Vale dos Vinhedos está o município de Pinto Bandeira, também na serra gaúcha mas em uma platô em altitude mais elevada que o vale acima dos 500 metros.
Em 2010 Pinto Bandeira conquistou sua Indicação de Procedência, que contempla vinhos brancos, tintos e espumantes e o próximo passo, prestes a ser concluído é a criação da Denominação de Origem Altos de Pinto Bandeira, aqui com foco exclusivo na produção de espumantes, onde os vinhedos devem estar acima dos 700 metros de altitude e o método de produção, obrigatoriamente é o tradicional, com período mínimo de 12 meses de repouso com as leveduras da segunda fermentação.
Chardonnay, Pinot Noir e Riesing Itálico apenas
A altitude elevada de Pinto Bandeira cria um microclima mais fresco, prolongando o ciclo de amadurecimento das uvas, condições que se refletem em um vinho-base potencialmente com boa acidez e equilíbrio necessário para espumantes de alta qualidade. Em relação às variedades, apenas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico serão autorizadas; cepas que já possuem um histórico de qualidade e consistência na região.
A principal vinícola de Pinto Bandeira é a Cave Geisse, comandada por Mário Geisse. O enólogo chileno chegou ao Brasil em 1976, justamente para supervisionar a produção de espumantes da Chandon do Brasil. Após 3 anos de trabalho, conhecendo vinhedos em diferentes vilarejos da serra gaúcha decidiu fincar os pés em Pinto Bandeira, onde fundou sua vinícola em 1979.
Ao longo desses 42 anos de história a Cave Geisse focou sua produção apenas nos espumantes e se tornou referência no estilo no Brasil. Entre as inúmeras premiações, em 2011 a vinícola foi indicada por Jancis Robinson, MW, como uma das 15 vinícolas que podem marcar o futuro do vinho e em 2015 um de seus espumantes entrou no livro “1001 Vinhos para se Beber Antes de Morrer”.
A Mosto Flor distribui com exclusividade o Cave Geisse Nature Leveduras Autóctones 2015, um espumantes especial fermentado de forma espontânea, sem adição de leveduras, retratando de forma mais pura o terroir de Pinto Bandeira. Após estágio de 72 meses de estágio com as borras las leveduras (sur lattes), a mescla de 70% Chardonnay com 30% de Pinot Noir não recebeu nenhuma dosagem de açúcar (nature). Uma raridade feita na safra 2015!