O blog da Mosto Flor, importadora e loja online de vinhos ultra-premium e icônicos, aborda hoje uma das mais famosas denominações do mundo dos vinhos – Margaux. No Haut-Médoc (Bordeaux), quatro comunas disputam as maiores estrelas a cada safra: St-Estèphe, Pauillac, St-Julien e Margaux, seguindo do norte para o sul pelo estuário do Gironde.
Margaux, a comuna que empresta o nome para seu principal château, é conhecida pela elegância de seus vinhos, sempre destacada pelas notas florais. Em um paralelo com a Borgonha, os vinhos de Margaux podem ser comparados à expressão de Chambolle-Musigny, na Borgonha, pela elegância e perfumes florais (violeta em especial). Boa parte da razão para este perfil dos vinhos está no solo de Margaux; com grande quantidade de cascalhos (entre argila, calcário e areia), que forçam as raízes das videiras a buscar nutrientes em profundidade e ajudam a refletir a luz e calor solar na planta, dando maior consistência ao amadurecimento dos cachos.
Vinhos que evoluem por décadas
Entretanto em Margaux, a Cabernet Sauvignon e a Merlot (complementada em menor parte com Cabernet Franc e Petit Verdot, além de Malbec e Carménère de forma marginal) conseguem aportar boa estrutura aos vinhos, mantendo o perfil longevo dos grandes da região, com capacidade de evoluírem por décadas na garrafa.
Bordeaux no total possui mais de 100 mil hectares de vinhedos e Margaux ocupa apenas cerca de 1.300 hectares. Ainda assim é a mais extensa das 4 comunas mais estreladas e a que reune o maior número de châteaux entre os Cru Classé de 1855 (21 de 60, ressalvando Haut-Brion, que está em Graves, fora do Médoc). Isto implica em múltiplos estilos possíveis, desde mais frutados e frescos, até compactos e firmes. Em comum, além do perfume floral, uma textura sedosa dos taninos marca o estilo dos vinhos de Margaux.
A Mosto Flor tem um grande exemplar de Margaux, a vinícola boutique Château Durfort-Vivens, um 2eme Cru Classé 1855, AOC Margaux, 2015, aqui.