O blog da Mosto Flor, loja online de vinhos ultra-premium e icônicos, não podia de deixar de abordar o Vale del Maipo, mais especificamente a sub-região de Puente Alto, onde nasce um dos vinhos mais icônicos da América do Sul e do mundo – o Almaviva, disponível na loja da Mosto Flor na safra 2018.

Existe um paralelo entre as regiões do Médoc (Bordeaux), Napa Valley (Califórnia) e Puente Alto (Maipo). São todas zonas referência de qualidade para a Cabernet Sauvignon, e os derivados cortes bordaleses; assim chamadas as mesclas com outras variedades tintas típicas de Bordeaux, notadamente a Merlot, a Cabernet Franc e a Petit Verdot (podendo incluir na lista Malbec e Carménère também).

Em comum, tanto a região francesa, norte-americana e a chilena, estão em terraços aluviais de um leito de rio. No caso do Maipo, o rio que empresta o nome à região vitivinícola (Maipo), desce da Cordilheira dos Andes em direção ao Pacífico e ao longo de milhões de anos, o material (terra) arrastado dos Andes foi se depositando em camadas ao longo das margens do rio. 

Quatro terraços: argila, calcário e cascalhos

No Maipo se fala principalmente de quatro terraços ou camadas de solo, onde na primeira, mais próxima do rio e distante dos Andes, os solos são mais férteis, compactos e ricos em argila, enquanto no terraço mais elevado o solo é muito pedregoso e de difícil manejo. 

O 2o e o 3o terceiro terraço são os mais disputados quando se fala em vinho, pois mesclam proporções ideias de argila, calcário e cascalhos, com porosidade perfeita para forçar as videiras a buscar seus nutrientes e água nas profundezas do subsolo. O vilarejo de Puente Alto acabou por ser considerado a base vitivinícola que reúne essas condições específicas para o brilho da Cabernet Sauvignon e suas coadjuvantes.

O clima e o terroir

Ao mesmo tempo o clima também é fator relevante no terroir e a luminosidade e calor do Maipo são moderados pelo frio da altitude medianamente elevada, além dos ventos frios dos Andes que descem das montanhas à noite e dão o ritmo certo para o desenvolvimento da Cabernet Sauvignon.  

Almaviva, o maior expoente

O ícone dos ícones: o vinho Almaviva 2018.

Ao cruzar o perfil do solo, com a demanda da Cabernet Sauvignon por um ritmo lento de amadurecimento de seus frutos, para que os taninos não fiquem verdes, seus aromas se desenvolvem sem perder a típica acidez; alguns pedaços do vale do Maipo foram reconhecidos até mesmo por produtores de Bordeaux como vocacionados para o cultivo dessas variedades locais. Não por acaso os inúmeros casos de joint ventures entre chilenos e franceses (de Bordeaux) para produzirem vinhos no terroir chileno, onde Almaviva (Château Mouton Rothschild e Concha y Toro) é o maior expoente.   

Como comparativo, na região de Colchagua, onde a Cabernet Sauvignon marca grande presença, o clima mais quente faz com que a mesma Cabernet Sauvignon seja colhida duas semanas antes que em Puente Alto, no Maipo. Obviamente isso também implica em outra expressão nos vinhos. 

Considerado pela revista Adega, “o melhor vinho [desta safra] já degustado”, o Almaviva 2018, um dos vinhos mais pontuados do mundo, está disponível para compra online na loja online da Mosto Flor, aqui.