O emblemático Château Angelus

O Château Angelus

A marca Château Angelus é um símbolo de Saint-Émilion. Propriedade majestosa localizada na margem direita, em Bordeaux começou sua história no mundo do vinho no ano de 1544, mas foi em 1920, que o conde Maurice de Boüard adquiriu as terras do Clos L’Angelus com 26 hectares de uvas plantadas.

Os sinos são um signo marcante do Château, que badalavam três vezes no dia em horas de oração (às 6h, 12h e 18h) uma homenagem à anunciação de Maria pelo arcanjo Gabriel. Os sinos soavam o Angelus, por isso o nome do famoso vinhedo de Saint-Émilion, onde os agricultores podiam escutar de forma clara, o som do Angelus vindo das 3 igrejas locais: Capela de Mazerat, de Saint-Martin de Mazerat e a de Saint-Émilion. O nome Angelus é dado aos três momentos de preces diárias homenageando a gravidez de Maria pelo anjo.

Adoração à Cabernet Franc e Merlot

Os responsáveis por cuidar das cepas do Château são Hubert de Boüard e seu primo Jean-Bernard Grenié, que comandam a marca e que promoveram algumas mudanças no estilo do vinho do período de 1980 até 1990. Contudo, as alterações foram notadas trazendo títulos importantes.

No ano de 1996, o Château Angelus se pronunciou como Grand Cru Classé, onde foi promovido a Premier Grand Cru Classé, chegando ao topo como Premier Grand Cru Classé A, se unindo aos três outros Châteaux Ausone, Pavie e o icônico Cheval Blanc.

Devoção ao Terroir – Château Angelus

As videiras com 30 anos de vida em média são cultivadas no sopé sul da montanha de Saint-Émilion, um local com verão bem quente, que provoca o amadurecimento das uvas de forma precoce. O solo é drenado pelo declive e a composição é de uma mescla de calcário e argila, que propicia a quantidade correta de água e minerais para os vinhedos. A Merlot é cultivada mais acima na encosta (com concentração de argila) e a Cabernet mais no pé da montanha.

Dos 26 hectares, 23,4 compõem um único vinhedo e a colheita é toda feita a mão.

A produção anual chega a 90 mil garrafas para seu vinho principal (Château Angelus) e cerca de 15 mil do seu segundo vinho (Carillon d’Angelus). O engarrafamento ocorre de 20 a 26 meses depois da colheita. O famoso enólogo Michel Rolland, amigo de Hubert Boüard, neto do conde Maurice de Boüard e um dos responsáveis do grupo, presta consultoria para o Château.

Marcante na arte, o Château Angelus está no famoso quadro de Millet (Em que os trabalhadores do campo, com a torre de uma igreja ao fundo, param para fazer suas orações). Outra aparição do célebre Angelus foi no filme do extravagante agente secreto do cinema: “007 Cassino Royale”, degustando o néctar francês.

Devido ao terroir de maturação antecipada, o vinho é denso, rico e untuoso. Nos aromas notas de hortelã com toque de pimenta, chocolate e toque de grafite. Os taninos são finos e sedosos por conta do estágio de envelhecimento em barricas de carvalho novo, no período entre 18 e 24 meses.